Ainda a propósito da nossa exposição comemorativa do dia do mar, aqui deixo um excerto de um texto do professor Parrinha. É apenas o início, já que a sua versão completa estava na exposição:
O que diz a gota de água ao grão de areia?
O que diz o grão de areia à gota de água?
gota de água - De onde vens ó grão de areia?
grão de areia - Venho do mar e sou levado pelo vento.
gota de água - Não pode ser pois esse é o meu fado... Eu é que venho do mar e sou levada pelo vento. A estrela mãe liberta-me da minha manta, molécula a molécula e o vento vindo veloz cria-me no farto frio do céu.
grão de areia - Eu venho do fundo da terra, onde o calor me moldou e o tempo criou esta transparência perfeita pura e cristalina, tenho no sol o meu aumento e o meu brilho. E tu? Que és, que ofereces?
gota de água - Ofereço da luz todas as cores que se concentram em ti. E das cores te dou o sorriso do céu.
Sou vida, sou alegria, sou dor...
Sou o mar...
Sou o céu...
Sou o ar...
Sou o par...
E tu o que és?...
(...)
Joaquim Parrinha
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